Este é um “papel” que desempenho desde criança: ser a boazinha para ser amada, aceita e valorizada!
Observando essa minha necessidade, tenho escolhido muito mais agradar à mim, do que ao outro!
Mas às vezes o padrão volta, disfarçado e sutil.
Na semana passada eu participei de uma Roda de Tambores e uma das atividades era escolher um tambor para tocar.
Desde o início, um deles pintado de azul me chamou a atenção e eu sabia que seria ele!
Mas…
Outras participantes também se levantaram para pegar o seu tambor, e quando percebi a moça olhando para o tambor azul, eu RECUEI!
E torci para ela escolher outro.
Mas não…ela pegou o azul que eu tanto queria!
Peguei outro e senti a frustração dentro de mim.
Fomos tocar e cantar e a voz interna me perguntava, por que?
Por que eu não peguei o azul, com o qual eu já havia me conectado?
Por que abri mão do que meu coração queria?
Eu já estava de frente para ele.
Quando eu recuei, mais uma vez reforcei a mensagem de que
“a vontade do outro é mais importante que a minha!”
Participei com alegria da vivência, mas internamente eu justificava que a minha escolha, no final, tinha sido melhor, porque meu tambor era menor e assim seria mais fácil de segurar
Aff
Além de eu não pegar o que eu queria, ainda fiquei justificando!
E quantas vezes fiz isso na vida?
Deixando de fazer algo que eu queria, para agradar ao outro?
Ou fazendo sem desejar fazer?
O outro sendo sempre mais importante que eu!
A vontade dele sendo mais importante que a minha!
Isso tudo porque a minha criança ferida aprendeu assim, para sobreviver e se sentir importante e amada.
Foi muito importante para mim ter tido essa percepção.
Eu tenho avançado bastante e feito mais escolhas pensando em mim!
E sei que algumas delas podem “desagradar” outras pessoas.
Às vezes ainda “escorrego”.
Então, aprendo mais sobre mim, e agradeço aos Tambores por me ajudarem à realinhar coisas dentro de mim!
Participe do Grupo de Autoestima para Mulheres.
Vamos aprender juntas?
Cacilda Alves
Despertar dos Seres Estelares